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Palavra ao leitor II

Também já eu andei pelas malhas destes enganos artístico-marciais, "orientado" por um destes contrafeitos arautos da segurança e defesa pessoal, que nos aprontam para um mundo cheio de malfeitores agressivos; não foi por muito tempo (ainda investi uns cobres em inscrições, mensalidades, kimonos, inter-estilos, quilómetros e pomadas), mas a minha actividade profissional ajudou-me a avaliar a situação e a sair antes até de “amarelar”.
Devo confessar que a hiper-auto-publicidade e auto-adoração, os métodos de exposição e organização de cada sessão de treino, entre outras evidências, melhor ou pior dissimuladas, do indivíduo em causa, aliados ao meu terrível defeito de não gostar de ser enganado, pelo menos muito, me ajudaram a aperceber da eventual fraude. Não foi preciso “fazer muita força”.

Outra coisa que me chocou foi a falta dos valores humanos primordiais que uma Arte Marcial também nos deve induzir e que também me levaram a cultivar, há alguns anos atrás, enquanto praticante de Judo.
Pensei “Bem, vou ter que saber mais alguma coisa acerca de um fulano como este, com todos estes atributos, deve ser conhecido, pelo menos na net!...” e pimba, dei com este sítio (e com outros), que acalentaram as minhas desconfianças.

Tenho evitado fazer comentários neste blogue, por várias razões, mas ao ler este post decidi deixar também o meu humilde contributo, para a reposição de alguma verdade, esclarecimento e partilha de experiências para todos os incautos que pensem iniciar esta actividade.
Na minha opinião, este é ser um dos bons post’s já publicados neste blogue (pelo menos, até ao momento), na medida em que não ofende e apela à não-ofensa, refere justamente a diferença entre a pessoa e o mestre, fazendo uma análise muito curiosa e jocosa do que acontece em muitas outras áreas onde impera o xico-espertismo português.

Também eu apelo para a manutenção deste blogue e orientação no sentido do esclarecimento e apuramento da verdade, de uma forma civilizada, mas dura e impiedosa. De parte a parte.

Para terminar, deixo algumas questões (algumas), que gostava de ver esclarecidas:

- todos os mestres/treinadores podem abrir um dojo? Onde lhes apetecer? Até numa garagem? Não serão necessárias condições de segurança, que tanto exigem a outros espaços de ocupação pública?

- todos os mestres/treinadores podem abrir um dojo? Quando lhes apetecer, sem obrigação de exibir uma credencial de uma federação ou de uma Secretaria de Estado do Desporto, que lhes ateste a competência para leccionar/orientar determinada Arte Marcial?

- qual a veracidade/credibilidade da formação, e/ou cintos, atribuída nas graduações e estágios promovidos por estes eventuais mestres?

- porque é que não há recibos do que se paga, relativamente a mensalidades, estágios, seguros, etc?

- os rendimentos desta actividades são declarados às finanças? Não?! Porquê? (Se até alguns destes agentes são agentes de autoridade…)

- qual a formação destes mestres no âmbito da preparação e educação física? Que competências dominam para não atentarem contra a integridade física dos seus discentes/discípulos?

- e, por último, para bem do desporto, não há uma fiscalização/vigilância dessas actividades por parte das instituições acima referidas? Porquê?

Mais haveria para dizer e perguntar, mas por aqui me fico.

Saudações a todos
Zé Mexilhão

(em http://senseiheldernunes.blogspot.com/2011/03/apontamento-espiritual.html )

Comentários

  1. «dei com este sítio (e com outros), que acalentaram as minhas desconfianças.»

    Que outros, partilha a informação, para todos sabermos, zé Mexilhão.

    Quantos mais souberem e quanto mais soubermos melhor

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